sábado, 26 de novembro de 2011

Poesia Matemática

Olá meus amigos! Deixo com vocês um texto muito interessante e bem conhecido que trabalha a interdisciplinaridade envolvendo a Matemática e a Literatura.

Divirtam-se!




Millôr Fernandes

Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.
Era o triângulo,
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.



Texto extraído do livro "Tempo e Contratempo", Edições O Cruzeiro - Rio de Janeiro, 1954, pág. sem número, publicado com o pseudônimo de Vão Gogo.

Ideias extraídas do Livro Saberes Pedagógicos e Atividade Docente

Olá amigos! Eis algumas linhas para a nossa reflexão:

O ensino de um modo geral é caracterizado como uma realidade social. Como professores, precisamos usar os conhecimentos da didática e da teoria da educação para saber educar.


Modelo Atual de Ensino.
 O professor fala e o aluno só escuta.
Hoje, o papel do professor não é mais de falar, falar e falar a aula inteira, achando que seus alunos são como um bloco de papel em branco. A figura ao lado (tomei conhecimento dela através de uma amiga da faculdade. Obrigado Tatiana!) mostra claramente a escola que eu, você, todos nós estamos acostumados. Esse modelo já devia ser posto de lado, mas alguns conservadores insistem em dizer que ainda é eficaz. Mas, numa sociedade que vive nos tempos áureos da grande velocidade de informação, para que serve então a figura do professor? Somos e seremos  justamente o recurso para mediar e evitar o fracasso e as desigualdades escolares. 

Sabemos que os alunos têm capacidade para investigar sua próprias atividades, e cabe ao professor a tarefa de guiá-lo. Ao fazer isso, o professor estará formando a sua identidade docente continuamente.


GARRIDO PIMENTA. Selma. Saberes pedagógicos e atividade docente.
4. ed. Cortez Editora. Pág. 15 

Abrass

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Fim de bimestre (voltei a postar)

Olá a todos! Que bom estar de volta! Preciso dizer que me afastei de muitos dos meus afazeres por conta de problemas de saúde envolvendo um familiar meu... Graças a Deus está indo tudo bem e aos poucos vou voltando à minha vida normal. 

Coincidentemente estamos no final de mais um bimestre na faculdade. Aliás, me disseram que essa coisa de bimestre está para acabar... Ainda bem! Estava me sentindo não numa faculdade e sim em uma escola de ensino fundamental! srsrsr

Estou fazendo cada trabalho esquisito! Mas o melhor deles ainda está por vir! Foi até bom não ter postado nada durante algum tempo, senão vocês teriam que me aturar falando mal da plataforma que não estava funcionando direito (e ainda não está) e reclamando que os meus queridos professores simplesmente ignoraram isso e socaram matéria em nós. TENSO.

Outro dia, estava assistindo televisão (raros momentos) quando do nada um jornalista, que não vou citar o nome por que não tenho como provar, simplesmente fez um comentário dando a entender que o Brasil vai mal na educação e está indo pior em formar educadores à distância. Pela primeira vez me senti ofendido! Estudo à distância sim! Já disse isso em outro tópico, mas o que deve ser feito para afastar essa imagem de ensino ineficiente atribuído ao EAD? Clique em comentar e me envie sua resposta! 

Um abraço a todos!