Como vai galera?! Este semestre teve uma disciplina que me ajudou muito no desenvolvimento de textos. Eu fiz e refiz vários textos e tive a oportunidade de criticar a mim mesmo quando me vi obrigado a mudar coisas que depois de um tempo já não concordava mais. Foi um ótimo exercício! Segue abaixo o meu primeiro texto (já corrigido) que num tem nada técnico tá? É só o mundo na visão de um reles mortal!
Abrass
No
auge dos meus 25 anos eu começo a ter flashes de minha infância que por muito
tempo fora esquecida. Era muito estranho estar com oito anos e não me lembrar
do que tinha feito aos seis. Graças às historias que minha mãe me conta, eu
posso resgatar episódios da minha vida como uma vez que a ouvi xingar um
palavrão se referindo ao pacote de arroz e dias mais tarde, quando estávamos no
supermercado, eu disse o mesmo palavrão quando encontrei a seção de cereais!
Claro que esta foi uma atitude totalmente aceitável por parte dos meus pais,
pois naquela idade eu ainda estava aprendendo novas palavras. Eles aprenderam a
lição e pensavam duas vezes antes de falar qualquer coisa perto de mim!
Como
toda criança, também era louco para ir para a escola. Dizia minha mãe que eu
ficava do alto de um barranco que existia na frente da minha casa chamando os
alunos e dizia: “Ei... me leva pra escola? Por favor!”, “Ei menino, deixa eu ir
com você?”. Já vencida esta parte, quando aprendi a ler, fiquei ávido por
descobrir o que havia em um local muito especial na nossa casa: A estante de
livros do meu pai, objeto raro de se ver ainda mais numa casa simples como a
nossa. Comecei a me interessar pelas Fábulas de Esopo e não me cansava de ler as
histórias da minha coleção. Era extremamente cuidadoso ao deixar os livros
sempre limpos e bem guardados, porém ao meu alcance a qualquer momento. Sempre
fui muito chato com as minhas coisas!
Quando
estava maior, pedi ao meu pai um quadro negro para escrever as minhas coisas,
brincar de escolinha com a menina que morava com a gente e ajudava a minha mãe
com os afazeres domésticos. Ela tinha muita paciência, coitada, pois passava
boa parte do dia treinando a minha caligrafia, a mando de minha mãe, que imaginava
o filho com uma caligrafia impecável.
Quando
estava na pré-adolescência, li um livro chamado “Fugindo de casa”. A princípio
meu interesse era encontrar no livro um manual que ensinava as crianças a fugir
de casa. O primeiro livro foi tão interessante pra mim que me empolguei pela
continuação da história no segundo livro “Voltando pra casa”. A minha
experiência é que a cada palavra lida era como se um filme estivesse rodando na
minha cabeça. Eu consegui sentir isso perfeitamente.
Mas
depois disso veio a fase eletrônica, onde conheci o “MSN” e passei a “teclar” a
princípio com desconhecidos, depois amigos que moravam longe e achei realmente
que estava exercitando a leitura e a escrita através de pequenos textos no
Messenger. Minha história com a literatura teve uma pausa por aqui, mas o
interesse nunca morreu, ele sempre esteve dormindo por aqui, mas já faz algum
tempo que estou querendo despertar em mim novamente o desejo pela literatura.
O curso de Letras
veio para me ajudar nisso. Sempre me senti à vontade com as palavras e de
alguma forma o que aprendi desde criança me influenciou muito.